Participantes da Cúpula dos Povos e de instituições ligadas
à Igreja, como a Cáritas, as pastorais sociais, a Aliança Internacional de
Agências Católicas de Desenvolvimento (CIDSE) e o Instituto Brasileiro de
Análises Sociais e Econômicas (Ibase), estiveram reunidos na Catedral de São
Sebastião no domingo, dia 17 de junho, para celebração da Eucaristia.
Antes de iniciar a Missa, as autoridades religiosas
presentes se dirigiram ao pátio da Catedral, onde plantaram uma muda de Pau
Brasil.
No início da Eucaristia, o arcebispo do Rio, Dom Orani João
Tempesta, que presidiu a celebração, deu as boas-vindas a todos e afirmou:
“Queremos anunciar que a Igreja nos convida à vida e se preocupa com a
preservação da natureza e com o futuro da humanidade”.
Em seguida, o observador permanente da Santa Sé nas Nações
Unidas, o cônsul Dom Francis Chullikatt, falou aos participantes, afirmando
estar muito contente em concelebrar a missa durante a Cúpula dos Povos.
Durante a homilia, o arcebispo do Rio afirmou que a Igreja,
através da história, tem tido a responsabilidade de fazer acontecer o reino de
Deus no mundo: um reino de justiça, de paz, de fraternidade, o que, em cada
época, tem sua realidade e exigências. “Por isso, no documento final propomos
que o ser humano seja o centro das preocupações acerca do desenvolvimento
sustentável”, pontuou Dom Orani.
No ofertório, integrantes da Cáritas e das pastorais sociais
levaram faixas pedindo respeito aos direitos sociais: direitos humanos, das
tribos indígenas e das comunidades tradicionais; à educação, à alimentação, à
água e direitos ambientais. Logo depois, cinco pessoas, com coletes nas cores
dos cinco continentes, fizeram a procissão do ofertório.
Antes da bênção final, o secretário geral da CNBB, Dom
Leonardo Ulrich Steiner, transmitiu aos fiéis presentes uma pequena reflexão,
na qual afirmou: “Se não estabelecermos novas relações com a natureza, colocamos
em risco a nós mesmos, seres humanos, pois somos parte da criação. Nós,
cristãos, somos tocados pela Palavra, temos a confiança e vivemos na esperança
de que o pequeno grão de mostarda se transforme em saúde, moradia, dignidade.
É fundamental que a Rio+20 discuta a relação com a natureza e que não trate a
economia ‘verde’ apenas em aspectos econômicos”.
A Eucaristia, que contou com a presença do deputado estadual
Robson Leite e de líderes religiosos, entre eles representantes da Igreja Episcopal
Anglicana do Brasil e da tradição do Candomblé, foi concelebrada pelo
observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Francis Chullikatt;
pelo secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner; pelo bispo de Wa
(Ghana) e o representante das Conferências Episcopais da África, Dom Paul
Bemile; pelo bispo de Merlo-Moreno (Argentina) e presidente da Cáritas para a
Região da América Latina e Caribe, Dom Fernando María Bargalló; pelo bispo de
Volta Redonda e Barra do Piraí, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para
o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso, Dom Francisco Biasin; pelo bispo de
Nova Iguaçu e vice-presidente do Regional Leste 1, Dom Luciano Bergamin; o
bispo emérito de Volta Redonda e Barra do Piraí, Dom João Maria Messi, e sacerdotes
presentes.
ANDRÉIA GRIPP
FOTO: GUSTAVO DE OLIVEIRA