segunda-feira, 14 de abril de 2014

Semana Santa 2014: Tempo de caminhar com o Senhor


     A Semana Santa é para os cristãos a semana mais impor­tante do ano, chamada “Semana Maior”. Ela oferece a oportu­nidade do católico imergir nos acontecimentos centrais da redenção, de reviver o mistério pascal, o grande mistério da fé.
O que é viver a Semana San­ta? O que significa seguir Jesus em seu caminho no Calvário para a Cruz e a ressurreição? O Papa Francisco respondeu a esses questionamentos em uma de suas catequeses, em março do ano passado.
“Significa que este é também o meu, o teu, o nosso caminho. Viver a Semana Santa seguindo Jesus não somente com a emo­ção do coração; viver a Semana Santa seguindo Jesus quer dizer aprender a sair de nós mesmos para ir ao encontro dos outros, para ir para as periferias da existência”, afirmou na ocasião.
Para o Pontífice, viver a Se­mana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, na lógica da Cruz, que não é antes de tudo aquela da dor e da morte, mas aquela do amor e da doação de si que traz vida. “Seguir, acompa­nhar Cristo, permanecer com Ele exige um ‘sair’. Sair de si mesmo, de um modo cansado e rotinei­ro de viver a fé, da tentação de fechar-se nos próprios padrões que terminam por fechar o horizonte da ação criativa de Deus. Lembrem-se bem: sair de nós mesmos, como Jesus, como Deus saiu de si mesmo em Jesus, e Jesus saiu de si mesmo por todos nós.”
“A Semana Santa é um tempo de graça que o Senhor nos doa para abrir as portas do nosso co­ração, da nossa vida, das nossas paróquias, dos movimentos, das associações, e ‘sair’ de encontro aos outros, fazer-nos próximos para levar a luz e a alegria da nossa fé. Sair sempre!”, ensinou o Papa.
Para viver bem cada um dos passos da Semana Santa, o pá­roco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Alto da Boa Vista, e vice-diretor das escolas Mater Ecclesiae, padre Fabio Siqueira, explicou o significado de cada uma das celebrações vividas pela Igreja.
“A Semana Santa, como nós temos hoje, é um pouco herdada da liturgia da Igreja de Jerusalém. Como lá, eles tinham guardado os lugares onde Nosso Senhor sofreu os últimos acon­tecimentos da sua entrega, da sua paixão e, depois da sua res­surreição, era possível celebrar estes acontecimentos em cada local. Por isso que atualmente existe essa quase reprodução histórica dos últimos passos de Jesus Cristo”, considerou padre Fabio.


Fabíola Goulart