sexta-feira, 22 de março de 2013

Papa recebe insígnias no início do pontificado




A celebração que marcou oficialmente o início do pontificado do Papa Francisco, na Solenidade de São José, dia 19 de março, foi marcada por uma visita do Pontífice ao túmulo de São Pedro, localizado embaixo do altar da Confissão, na Basílica de São Pedro, tendo sido acompanhado pelos líderes das Igrejas orientais. Depois de rezar em silêncio, o Papa Francisco incensou o Trophaeum apostólico e se juntou à procissão de cardeais concelebrantes.


À frente, estavam os diáconos levando o pálio pastoral, o anel do pescador e o Evangelho. Quando a procissão chegou ao átrio da Basílica, ecoou o canto das ‘Laudes regiae’ (louvor ao rei, em honra a Cristo), que também faz parte da série de ritos específicos do início de um pontificado, com a invocação de  vários santos, em particular os que foram Papas.

Já na Praça de São Pedro, por volta de 8h50 (horário local), num automóvel aberto, o Papa, sob os aplausos dos fiéis, acenou sorridente, beijou crianças e desceu do veículo para cumprimentar e abençoar um doente paralítico.

No altar da Praça São Pedro, o cardeal-protodiácono, Jean-Louis Tauran, impôs o pálio petrino (estola branca de lã com cruzes vermelhas que representam as chagas de Cristo), uma insígnia litúrgica de “honra e jurisdição” usada pelos bispos de Roma desde o quarto século.

Após a oração realizada pelo cardeal protopresbítero Godfried Danneels, o cardeal decano Angelo Sodano entregou ao Pontífice o anel do pescador (anulus piscatoris), que faz parte das insígnias oficiais do Papa, enquanto sucessor do apóstolo Pedro.

O anel do pescador escolhido por Francisco é obra do italiano Enrico Manfrini, falecido em 2004. Tem uma representação de São Pedro com as chaves e é feito em prata, banhado de dourado. O molde da obra foi uma das propostas apresentadas pelo mestre das celebrações litúrgicas da Santa Sé, que o recebeu de um dos secretários de Paulo VI (1897-1978).

Neste momento, seis cardeais, em nome de todo o Colégio Cardinalício, fizeram o voto de obediência ao Papa.

Na celebração em latim, a proclamação do Evangelho foi em grego e orações em russo, árabe e chinês, entre outras línguas. Entre as delegações presentes, representantes de Igrejas cristãs ortodoxas, da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas, além de chefes de Estado, entre eles as presidentes Dilma Rousseff, do Brasil, e Cristina Kirchener, da Argentina, num total de 132 delegações oficiais.


Entre os líderes religiosos estava o patriarca ecumênico (Igreja Ortodoxa) de Constantinopla, Bartolomeu. É a primeira vez, desde o cisma que separou católicos e ortodoxos em 1054, que um patriarca de Constantinopla participa de uma cerimônia no Vaticano.

RÁDIO VATICANO E AGÊNCIA ECCLESIA
FOTOS: Radio Vaticano




















Recebendo o anel do pescador, que faz parte das insígnias oficiais do sucessor de Pedro