segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Como acontece a JMJ?



Atos Centrais, Atos Especiais, Catequeses, Vigília e Missa de Envio. Alguns desses termos podem não ser tão conhecidos, mas eles compõem o vocabulário básico da programação que tem sido feita nas Jornadas Mundiais da Juventude.
A programação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 também deverá seguir o mesmo padrão. Ela estará divi­dida em uma sequência de atos centrais, culturais e especiais. A agenda oficial, com os horários, ainda não foi divulgada.
“Os atos centrais são a coluna dorsal da Jornada”, explicou o coordenador geral do Comi­tê Organizador Local (COL), monsenhor Joel Portella Amado. “Acontecem, em geral, com a participação do Papa”.
A primeira grande cerimônia da JMJ Rio2013 é a acolhida com o arcebispo local, Dom Orani João Tempesta, no primeiro dia do evento (23 de julho). O peregrino estará chegando e esse é o seu primeiro contato com a Jornada.
Para o arcebispo, a Jornada é um encontro dos jovens com Cristo aqui no Brasil. “Eles vêm como romeiros, como peregri­nos”, disse o arcebispo. "São pessoas que já caminham nas suas paróquias, nos seus países, nas suas capelas, nos seus movi­mentos, que são chamados a esse encontro com o Senhor, e que se dispuseram a dar esse passo. Eles devem se firmar na fé para volta­rem às suas comunidades teste­munhando Jesus Cristo, Nosso Senhor, e tornando-se aqueles que ajudam a transformar esse mundo para melhor, criando a civilização do amor neste mun­do em mudança, neste mundo plural. Portanto, uma grande oportunidade de se investir na juventude”.
E completa: “A Jornada tem esse aspecto, que está no espírito de cada jovem, de cada romeiro – de peregrinação, de ter tempo de oração, tempo de confissão, tempo de caminhada”.
Abrindo a Jornada, ocorre a acolhida dos jovens pela Ar­quidiocese, na Praia de Copa­cabana. “Um lugar que é um paradigma da cidade – e todo mundo sabe o que significa Co­pacabana para o Rio de Janeiro, como identidade – e também tem o nome de Nossa Senhora”, afirma o arcebispo. “Então, nós começamos com Maria que nos acolhe, Nossa Senhora de Copa­cabana, para depois dar o passo seguinte lá em Santa Cruz, que é justamente a Cruz de Cristo, da JMJ, que acompanha também a juventude, lembrando que esses dois ícones serão representados nos dois locais”.
Para ele, poder receber os jovens no Rio de Janeiro é falar sobre a alegria de acolher os que vêm como peregrinos, como missionários. “É realmente um momento em que toda a arqui­diocese deve estar empenhada para que, além do bom acolhi­mento a todos nas suas casas, nos seus locais públicos, nas suas re­sidências, nos salões paroquiais, nas igrejas, possam ter o calor humano de todos os cariocas, de todos brasileiros”, disse.
Nos dias 24, 25 e 26 de julho, acontecem as catequeses. “É a parte que aprofunda o tema divulgado pelo Papa”, explica monsenhor Joel. “As catequeses são ministradas pelos bispos de vários países para atender a todos os idiomas”. Os nomes desses bis­pos são indicados pelo Pontifício Conselho para os Leigos (que é o Comitê Organizador Central das Jornadas) e deverão ser divulga­dos 30 dias antes da JMJ.
ATOS CENTRAIS
Ainda no dia 25, quinta-feira, é celebrada a cerimônia de aco­lhida do Sumo Pontífice. “Não é uma missa. É uma liturgia da pa­lavra, um rito de acolhida em que a Palavra de Deus é proclamada. O arcebispo faz uma saudação ao Papa, que falará para todos os jovens”.
No dia 26, sexta-feira, é rea­lizada a Via-Sacra. “Trata-se de uma antiga tradição da Igreja. A Via-Sacra ocorre porque a Jor­nada é um encontro com Cristo. Então, nós nos voltamos para o mistério máximo de Jesus que é a sua morte e ressurreição”, explica o monsenhor.
Os atos centrais do final de se­mana acontecerão na Base Aérea de Santa Cruz. No dia 27, sábado, é a vigília com o Papa, reunindo todos os peregrinos. No dia 28, domingo, será celebrada a Missa de Envio. “Atendendo o lema ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’, a missa envia os jovens. A Jornada não acabou. É um ponto de partida. O peregrino volta para casa, anuncia o Evangelho, e até a próxima Jornada”, concluiu.
ATOS ESPECIAIS
Os atos especiais são aqueles que não fazem parte da Jornada, mas são característicos de cada uma. “Em Madri, o Papa visitou um hospital, a família real”, re­lembra o coordenador. “Aqui no Brasil, a agenda depende ainda de definição da Santa Sé, o que deve sair no final do ano”.

COMUNICAÇÃO JMJ RIO2013
CARLOS MOIOLI