sexta-feira, 29 de junho de 2012

Missa na Catedral marca Cúpula dos Povos



Participantes da Cúpula dos Povos e de instituições ligadas à Igreja, como a Cáritas, as pasto­rais sociais, a Aliança Interna­cional de Agências Católicas de Desenvolvimento (CIDSE) e o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), estiveram reunidos na Catedral de São Sebastião no domingo, dia 17 de junho, para celebração da Eucaristia.
Antes de iniciar a Missa, as autoridades religiosas presentes se dirigiram ao pátio da Catedral, onde plantaram uma muda de Pau Brasil.
No início da Eucaristia, o arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, que presidiu a celebração, deu as boas-vindas a todos e afirmou: “Queremos anunciar que a Igreja nos con­vida à vida e se preocupa com a preservação da natureza e com o futuro da humanidade”.
Em seguida, o observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, o cônsul Dom Francis Chullikatt, falou aos par­ticipantes, afirmando estar muito contente em concelebrar a missa durante a Cúpula dos Povos.
Durante a homilia, o ar­cebispo do Rio afirmou que a Igreja, através da história, tem tido a responsabilidade de fazer acontecer o reino de Deus no mundo: um reino de justiça, de paz, de fraternidade, o que, em cada época, tem sua realidade e exigências. “Por isso, no docu­mento final propomos que o ser humano seja o centro das pre­ocupações acerca do desenvol­vimento sustentável”, pontuou Dom Orani.
No ofertório, integrantes da Cáritas e das pastorais sociais levaram faixas pedindo respeito aos direitos sociais: direitos hu­manos, das tribos indígenas e das comunidades tradicionais; à educação, à alimentação, à água e direitos ambientais. Logo de­pois, cinco pessoas, com coletes nas cores dos cinco continentes, fizeram a procissão do ofertório.
Antes da bênção final, o secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, trans­mitiu aos fiéis presentes uma pe­quena reflexão, na qual afirmou: “Se não estabelecermos novas relações com a natureza, colo­camos em risco a nós mesmos, seres humanos, pois somos parte da criação. Nós, cristãos, somos tocados pela Palavra, temos a confiança e vivemos na espe­rança de que o pequeno grão de mostarda se transforme em saú­de, moradia, dignidade. É funda­mental que a Rio+20 discuta a relação com a natureza e que não trate a economia ‘verde’ apenas em aspectos econômicos”.
A Eucaristia, que contou com a presença do deputado estadual Robson Leite e de líderes religiosos, entre eles representantes da Igreja Epis­copal Anglicana do Brasil e da tradição do Candomblé, foi concelebrada pelo observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Francis Chullikatt; pelo secretário ge­ral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner; pelo bispo de Wa (Ghana) e o representante das Conferências Episcopais da África, Dom Paul Bemile; pelo bispo de Merlo-Moreno (Ar­gentina) e presidente da Cáritas para a Região da América Latina e Caribe, Dom Fernando María Bargalló; pelo bispo de Volta Redonda e Barra do Piraí, pre­sidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso, Dom Francisco Biasin; pelo bispo de Nova Iguaçu e vice-presidente do Regional Leste 1, Dom Luciano Bergamin; o bispo emérito de Volta Redonda e Barra do Piraí, Dom João Maria Messi, e sacer­dotes presentes.

ANDRÉIA GRIPP
FOTO: GUSTAVO DE OLIVEIRA