Há 25 anos, o beato João Paulo II reunia em Assis, a cidade de São Francisco, líderes das mais diferentes religiões para rezar por um único objetivo, a paz no mundo. Recordando esse momento histórico e visando comemorar o jubileu de prata daquele encontro, o Papa Bento XVI convocou uma Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração pela Justiça e pela Paz no Mundo na mesma cidade, no último dia 27 de outubro.
Com o tema "Peregrinos da verdade, peregrinos da paz", o encontro contou com 17 delegações de Igrejas Cristãs do Oriente, 13 Igrejas Ocidentais, uma representação do Grão Rabinato de Israel e outros 176 representantes de diversas tradições religiosas. Do Oriente Médio e dos países árabes, participam 48 muçulmanos, entre eles um neto de Mahatma Gandhi. Também estavam presentes quatro professores europeus que se declaram ateus.
Todos se reuniram em Roma e saíram de trem até Assis. Assim que chegaram à cidade de São Francisco, eles se reuniram na Basílica de Santa Maria dos Anjos para um momento de reflexão. A saudação de boas vindas foi feita pelo cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz. Depois houve a intervenção de dez personalidades, terminando com breves palavras do Santo Padre.
"Infelizmente não podemos dizer que encontramos a paz e a liberdade depois daquele encontro. A violência está potencialmente presente, e caracteriza a condição do nosso mundo. A liberdade é um grande bem, e o mundo da liberdade tem se mostrado em boa parte carente de uma orientação", disse o Papa.
Bento XVI lamentou o terrorismo, e que muitas vezes os homens usam Deus para justiçar suas ações. "Sabemos que às vezes o terrorismo tem motivação religiosa e precisamente o caráter religioso dos ataques serve de justificativa para a crueldade implacável, que acredita poder relegar as regras do direito a favor do bem desejado".
Depois do almoço, todos tiveram um momento de recolhimento e oração, e à tarde se dirigiram em silêncio para a Basílica, onde renovaram, junto ao túmulo de São Francisco, um compromisso comum pela paz.
CARLOS EDUARDO BITTENCOURT
Com o tema "Peregrinos da verdade, peregrinos da paz", o encontro contou com 17 delegações de Igrejas Cristãs do Oriente, 13 Igrejas Ocidentais, uma representação do Grão Rabinato de Israel e outros 176 representantes de diversas tradições religiosas. Do Oriente Médio e dos países árabes, participam 48 muçulmanos, entre eles um neto de Mahatma Gandhi. Também estavam presentes quatro professores europeus que se declaram ateus.
Todos se reuniram em Roma e saíram de trem até Assis. Assim que chegaram à cidade de São Francisco, eles se reuniram na Basílica de Santa Maria dos Anjos para um momento de reflexão. A saudação de boas vindas foi feita pelo cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz. Depois houve a intervenção de dez personalidades, terminando com breves palavras do Santo Padre.
"Infelizmente não podemos dizer que encontramos a paz e a liberdade depois daquele encontro. A violência está potencialmente presente, e caracteriza a condição do nosso mundo. A liberdade é um grande bem, e o mundo da liberdade tem se mostrado em boa parte carente de uma orientação", disse o Papa.
Bento XVI lamentou o terrorismo, e que muitas vezes os homens usam Deus para justiçar suas ações. "Sabemos que às vezes o terrorismo tem motivação religiosa e precisamente o caráter religioso dos ataques serve de justificativa para a crueldade implacável, que acredita poder relegar as regras do direito a favor do bem desejado".
Depois do almoço, todos tiveram um momento de recolhimento e oração, e à tarde se dirigiram em silêncio para a Basílica, onde renovaram, junto ao túmulo de São Francisco, um compromisso comum pela paz.
CARLOS EDUARDO BITTENCOURT
FOTO: L'OSSERVATORE ROMANO