O Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio Dom Antonio Augusto Dias Duarte (foto) visitou uma das comunidades atingidas pelas enchentes na cidade do Rio de Janeiro. Dom Antonio esteve no Morro do Andaraí onde houve desmoronamentos e duas mortes, em companhia do Padre Lincoln de Almeida Gonçalves, Pároco da São Cosme e São Damião, que está prestando assistência aos desabrigados. A visita aconteceu no dia 9 de abril.
Cerca de 30 famílias estão abrigadas no Centro Social da Prefeitura e outras 50 alojadas em casas de amigos ou parentes. Segundo Padre Lincoln, a Paróquia continua a receber doações, e a maior necessidade no momento é de alimentos. “A visita me deixou por um lado triste ao ver como essas pessoas vivem em situações às vezes pouco dignas. Com um trabalho social realizado na época devida, elas talvez não teriam sofrido essa tragédia, não teriam perdido entes queridos. Por outro lado, me chamou a atenção e me alegrou a quantidade de pessoas que estão compartilhando dessa dor com as pessoas, que estão trabalhando com afinco para poder atender todas essas famílias, não só na parte material, logicamente providenciando alimentos, colchonetes e roupas, como também convivendo com essas pessoas e mostrando a elas que ainda há esperança. É bonito ver isso.”
Além do trabalho da comunidade, o Bispo também destacou a ação dos bombeiros, das pessoas da associação de moradores, “que estão colocando-se ao lado dessas pessoas para apoiá-las nesse momento tão duro, tão difícil. Há esse contraste de coisas que poderiam ser evitadas se houvesse políticas sociais realmente efetivas e, ao mesmo tempo, a gente vê o sentido cristão, o sentido da solidariedade humana nesses momentos de dor. Então, isso nos enche de esperança”, disse.
Para Dom Antonio, o papel da Igreja em um momento como esse vai além da ajuda material. “A presença da Igreja é uma presença que infunde nas pessoas uma fé em Deus e uma confiança de que não lhes faltarão os meios para continuarem vivendo. Pude perceber que na minha presença, do Padre Lincoln, dos Diáconos, as pessoas olham para a Igreja e veem que ‘nós não estamos sem Deus’, ‘não estamos sozinhos’ “
