Papa reflete sobre São Boaventura em sua catequese semanal
Depois de passar uma semana em retiro espiritual na preparação para a Semana Santa, o Papa Bento XVI retomou na última quarta-feira a catequese semanal na Sala Paulo VI, no Vaticano, e a missão de São Boaventura foi o tema de sua reflexão.
Destacando o Santo como um homem de ação, contemplação de profunda piedade e prudência, Bento XVI afirmou que seus estudos tiveram grande importância em sua juventude.
“A perfeição evangélica é a resposta de Boaventura a polêmica desatada contra as Ordens Menores, que teve que experimentar as amarguras devidas aos limites humanos de seus irmãos religiosos. A inveja e o ciúme são formas de fraqueza humana que às vezes incidem também em pessoas religiosas.”
Bento XVI afirmou que a Igreja é mais luminosa e bela graças à fidelidade da vocação de seus filhos e filhas, que não só colocam em prática os preceitos do Evangelho, mas também, por graça de Deus, são chamados a seguir seus conselhos e testemunho. Assim com seu estilo de vida pobre, casta e obediente, através do Evangelho, é fonte de alegria e perfeição.
O Papa convida a todos a recolher a herança de São Boaventura, através de suas palavras: “na Terra podemos contemplar a imensidão devida mediante a razão e a admiração; na pátria celeste, na troca, mediante a visão, quando seremos feitos semelhantes a Deus, e entraremos no gozo de Deus.”
O ideal de São Boaventura válido para todos os cristãos, ontem, hoje e sempre, disse Bento XVI, foi também indicado como programa da Igreja para o Terceiro Milênio por João Paulo II.
Bento XVI pede orações pelas vítimas do terremoto no Chile
No final, o Papa voltou a pedir orações pelas vítimas do terremoto no Chile, no sábado passado, de 8,8 graus na escala Richter, que foi sentido em vários países, inclusive em São Paulo. Mais de 800 pessoas morreram na tragédia.
“Recordo a população afetada pelo terremoto no Chile, que tem causado numerosas perdas em vidas humanas e graves danos materiais. Rezo pelas vítimas e estou espiritualmente perto das pessoas que sofrem com tão grande calamidade. Imploro a Deus para elas o alívio no sofrimento e coragem contra esta adversidade. Estou seguro de que não vai faltar a solidariedade de muitos, em particular das organizações eclesiais.”
