A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu,
no dia 19 de junho, uma mensagem sobre a Conferência Rio+20. Segundo a CNBB,
todos devem assumir, com coragem e determinação, o compromisso de rever
caminhos e decisões que, ao longo da história, só têm excluído e condenado os
pobres à miséria e à morte.
Em unidade com a posição do Vaticano sobre a Rio+20, a CNBB em sua nota
reafirma que o desenvolvimento sustentável “carrega consigo a irrenunciável
responsabilidade de responder aos anseios e expectativas mundiais em relação à
defesa e promoção de toda forma de vida, especialmente a humana, desde sua
concepção até seu término natural”.
A nota também faz uma ref lexão sobre a “economia verde”,
chamando a atenção para o fato de que este sistema será inaceitável, se na
prática representar a privatização e a mercantilização dos bens naturais, como
a água, os solos, o ar, as energias e a biodiversidade.
“Não podemos nos contentar com uma roupagem nova para
proteger o insaciável mercado, que só tem olhos para o lucro, configurando-se
como ‘lobo em pele de cordeiro’ ao manter inalteradas as causas estruturais da
crise ambiental”, frisou o texto.
E pontuou a responsabilidade dos chefes de estado para a
efetivação do desenvolvimento sustentável: “É necessário que todos,
especialmente os dirigentes mundiais, assumam com coragem e determinação o
compromisso de rever caminhos e decisões que, ao longo da história, só têm
excluído e condenado os pobres à miséria e à morte. Para a erradicação da fome
e da miséria, ‘não se trata de diminuir o número dos convidados para o banquete
da vida, mas de aumentar a comida na mesa’, como já nos alertou o Papa Paulo
VI (cf. homilia de João Paulo II em Puebla, 1979).”
Leia a íntegra da mensagem em www.cnbb.org.br.
ANDRÉIA GRIPP