quarta-feira, 11 de julho de 2012

Vocações da geração JMJ



O que atrai milhões de jovens para a Jornada? O que faz com que a alegria e a fé sejam as principais caracterís­ticas deste encontro? Muitos argumentos poderiam ser le­vantados, mas há um que fala a todos os corações: os jovens vêm em busca e ao encontro de Cristo.
No dia 29 de junho, em que se recorda o testemunho e o exemplo das “colunas da Igreja”, Pedro e Paulo, pode-se vislumbrar também o testemu­nho da juventude que abraça a Igreja, que ama o papa e que dedica sua vida a construir um mundo melhor. E nas Jornadas Mundiais da Juventude muitos desses jovens descobrem tam­bém sua vocação na Igreja.
Uma pesquisa feita após a JMJ de Madri mostrou que, para 55% dos jovens que par­ticiparam, o evento serviu para discernimento vocacional.

“EU ERA O PIOR JOVEM DO MEU GRUPO”
“Participo de todas as Jorna­das desde 1993 e ela foi um pilar em minha vocação”, afirmou pa­dre Michael Therese, da Congre­gação de São João, no Texas, nos Estados Unidos.
Ele diz que se lembra da pri­meira experiência em Jornada, em Denver, no estado americano do Colorado. “Eu era um ‘pagão’, se po­deria dizer assim, muito distante da fé, o pior jovem do meu grupo. Até hoje a responsável do Setor Ju­ventude não acredita que eu tenha me tornado sacerdote”, disse, entre risos, ao ser entrevistado pela equi­pe da JMJ Rio2013.
“Acabei convertido um ano depois e, olhando para trás, vejo que a experiência da universali­dade da Igreja, dos milhares e mi­lhares de jovens unidos para dizer ‘eu amo Jesus Cristo’ me tocaram tanto que, nesse período após a Jornada, decidi entregar minha vida a Deus”, destacou.
O sacerdote ressalta que uma das características marcantes da Jornada é justamente a experiên­cia da presença de Cristo. Em sua vida, tem havido um constante re­novar de esperança e, nas JMJs, vê de forma concreta o movimento da nova evangelização.

“ESCUTAR A VOZ DO PAPA É UMA MANEIRA DE FORTALECER A FÉ”
Almudena Rios (foto), 22 anos, religiosa das Escravas de Cristo Rei, é um exemplo disso. Ela decidiu passar à vida consagrada durante a Jornada Mundial da Juventude celebrada em Colônia, na Alema­nha, em agosto de 2005.
Na época, ela vivia na Diocese de Málaga, na Espanha, e tinha 17 anos. “Questionava-me a respei­to de muitas coisas. Rezava e não sentia nada. Era católica, mas me perguntava: como posso saber que Deus me fala, se não o sinto? A Jor­nada ofereceu então uma resposta para mim”, recordou.
Almudena, cujo nome se deve à Virgem padroeira de Madrid, na Espanha, disse que, naque­la ocasião, encontrou-se com jo­vens da China e Coréia do Norte, com quem falava em inglês sobre a vida cristã nestes países comu­nistas, onde os fiéis são persegui­dos. A religiosa relatou que esses jo­vens lhe contaram que arriscavam sua vida para ir à missa. “Eu arris­caria minha vida assim? As pesso­as não arriscam sua vida por qual­quer coisa”, questionou-se.
As experiências na JMJ Colô­nia 2005 foram um marco em sua vida. “Encheram-me de alegria. Quando voltei para a Espanha vi que eu estava diferente, que tinha uma alegria diferente, mas ainda não entendia bem por quê.”
Esta “é minha primeira JMJ como consagrada e vivida de ma­neira diferente. Escutar a voz do papa é um modo de fortalecer a fé, o que me permite saber por onde caminhar”, concluiu.

COMUNICAÇÃO JMJ RIO2013