segunda-feira, 11 de junho de 2012

Semelhante ao coração de Jesus


“Achei Davi, homem se­gundo o meu coração” (At 13,22). A reflexão sobre este versículo bíblico se torna ain­da mais oportuna na proximi­dade da Solenidade do Sagra­do Coração de Jesus e do Dia Mundial de Oração pela San­tificação do Clero, celebrados este ano em 15 de junho. De forma especial, os sacerdotes, que agem “in persona Cristi”, são especialmente convida­dos a ter um coração in­flamado de amor como o do Senhor “manso e humilde” (Mt 11,29), para que o povo de Deus possa achar descanso e refrigé­rio para as suas almas.
O dia de oração para que os sacerdotes “con­formem-se cada vez mais com o coração do Bom Pas­tor” foi cria­do, em 1995, pelo beato João Paulo II, na Carta aos Sacerdotes por ocasião da celebração da Quinta-Fei­ra Santa. Para o Pontífice, a atitu­de de orar pelos sa­cerdotes deve ser constante e é fun­damental para sustentar os sa­cerdotes na difícil mis­são de ser ponte entre o céu e a terra, em uma sociedade que busca afastar a humani­dade de Deus.
Este ano, a carta da Con­gregação do Clero para a Jor­nada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdo­tes utilizou a expressão da Escritura, “esta é a vonta­de de Deus: a vossa santifi­cação!” (1Ts 4,3), destacando que a santidade é para todos os cristãos, espe­cialmente, para os sa­cerdotes.
Segundo o bispo au­xiliar do Rio Dom Nel­son Francelino Fer­reira, este em­penho maior de oração é uma excelente oportunidade para os fiéis transmitirem afeto aos seus sacerdotes. Ele afirmou que a ação solidária de res­ponsabilizar-se pelo bem do outro, que demonstra o verda­deiro sentimento cristão, gera santidade e beneficia quem recebe a oração e quem ora.
“A santidade é solidária por si mesma. Então, na medida em que os pastores vão crescendo, essa santidade a de beneficiar profundamente o rebanho”, afirmou.
Dom Nelson reforçou que se o clero é chamado à san­tidade, ele também convive com as múltiplas fragilidades. “É preciso ter os pés no chão, ter a humildade de reconhe­cer a nossa condição huma­na. Como toda a comunida­de, também os pastores expe­rimentam a triste realidade do pecado. São homens, não an­jos”, disse.
O bispo motivou a comu­nidade a também louvar a Deus pela vocação sacerdotal de muitos padres dedicados que, com sua vida e seu tra­balho, glorificam o nome de Deus, servem à Igre­ja e doam-se aos seus fiéis. Ele afirmou que é preciso lembrar e re­conhecer os sacerdotes que corajosamente, não obstante dificul­dades, incompre­ensões e persegui­ções, continuam fi­éis à sua vocação e são presença viva de Cristo no meio de seu povo.
“Que o Sagra­do Coração de Je­sus derrame suas bênçãos sobre nossos queridos padres, fa­vorecendo o seu cres­cimento na direção da fidelidade que os molda segundo esse mesmo coração de Deus”, motivou o bispo.

CLÁUDIA BRITO
IMAGEM: REPRODUÇÃO