
Nas duas semanas anteriores, foram trazidos textos com os temas do jejum e da caridade. Para completar o que chamo de tripé quaresmal, não podemos deixar de trazer à tona o tema da oração. Não é difícil ouvir que as três palavras – oração, jejum e esmola (ou caridade) – devem nos dirigir a uma verdadeira preparação aos mistérios pascais. E não podemos de maneira alguma ter acesso a estes mistérios se não estivermos dispostos a um momento, a uma vida de oração.
Nosso querido Papa Bento XVI, na sua mensagem para a Quaresma deste ano, propõe alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico, tirado da carta aos Hebreus: "Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras" (10,24). Este simples versículo da Palavra de Deus deseja estimular neste tempo propício à renovação de nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Fala de um percurso marcado pela oração e partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal. Após ter meditado um pouco sobre este texto, deixo aqui minha partilha pessoal.
Perceba que a primeira marca para a renovação descrita pelo Papa está justamente na oração. É a partir deste encontro do homem com Deus e com seu próximo que se fortalece o amor, a fraternidade. É na oração que somos conduzidos pelo Espírito Santo a vivermos uma experiência não apenas de encontro pessoal, mas também comunitário, que nos remete a um caminho : prestar atenção no outro, viver uma reciprocidade e permanecer na busca pela santidade pessoal.
Poderíamos aqui nos perder na superficialidade atual no cuidado ao próximo, nos deixando conduzir pelo egoísmo e pela cegueira à necessidade do irmão bem próprios da época, mas a oração nos conduz a um mergulho à Palavra e nos desperta à realidade. É um "dar-se conta" do que nos cerca e perceber a vontade do Altíssimo nos propondo a uma ação virtuosa diante do Evangelho.
É necessário estar perceptível à "anestesia espiritual" que cerca os próprios cristãos, tornando-nos cegos aos sofrimentos alheios. Há ainda quem diz ter uma vida de oração e não exerce a caridade àquele que precisa. Perceba que estas realidades estão muito próximas. Pois bem, é na oração que recebo o impulso para viver a fraternidade. E o Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo atual sofre, sobretudo, de falta de fraternidade.
Estejamos atentos aos nossos momentos de oração diária, pois, sem estes oásis de transbordamento espiritual, não conseguiremos ultrapassar o deserto e chegar à terra prometida. Devemos tomar cuidado também diante dos inúmeros afazeres diários com a precariedade no tempo de oração, que nos conduz à tentação da tibieza, de sufocar a ação do Espírito. Se isto se perpetua, nosso cuidado ao próximo se torna uma atitude que não tem a força do Cristo que cuida, enfraquecendo em nós a imagem do Alter Christus dito por São Paulo.
Aproveitemos que toda a Igreja se prepara para a Páscoa e propiciemos não apenas momentos pessoais, mas reúnamos irmãos para juntos vivermos um tempo de encontro, um momento de oração em comunidade. Reúna sua família, reúna seus amigos, participe de grupo de pessoas que não tenha tanto contato. A oração nos proporciona novos horizontes; a oração nos conduz à plenitude do amor.
Nosso querido Papa Bento XVI, na sua mensagem para a Quaresma deste ano, propõe alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico, tirado da carta aos Hebreus: "Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras" (10,24). Este simples versículo da Palavra de Deus deseja estimular neste tempo propício à renovação de nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Fala de um percurso marcado pela oração e partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal. Após ter meditado um pouco sobre este texto, deixo aqui minha partilha pessoal.
Perceba que a primeira marca para a renovação descrita pelo Papa está justamente na oração. É a partir deste encontro do homem com Deus e com seu próximo que se fortalece o amor, a fraternidade. É na oração que somos conduzidos pelo Espírito Santo a vivermos uma experiência não apenas de encontro pessoal, mas também comunitário, que nos remete a um caminho : prestar atenção no outro, viver uma reciprocidade e permanecer na busca pela santidade pessoal.
Poderíamos aqui nos perder na superficialidade atual no cuidado ao próximo, nos deixando conduzir pelo egoísmo e pela cegueira à necessidade do irmão bem próprios da época, mas a oração nos conduz a um mergulho à Palavra e nos desperta à realidade. É um "dar-se conta" do que nos cerca e perceber a vontade do Altíssimo nos propondo a uma ação virtuosa diante do Evangelho.
É necessário estar perceptível à "anestesia espiritual" que cerca os próprios cristãos, tornando-nos cegos aos sofrimentos alheios. Há ainda quem diz ter uma vida de oração e não exerce a caridade àquele que precisa. Perceba que estas realidades estão muito próximas. Pois bem, é na oração que recebo o impulso para viver a fraternidade. E o Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo atual sofre, sobretudo, de falta de fraternidade.
Estejamos atentos aos nossos momentos de oração diária, pois, sem estes oásis de transbordamento espiritual, não conseguiremos ultrapassar o deserto e chegar à terra prometida. Devemos tomar cuidado também diante dos inúmeros afazeres diários com a precariedade no tempo de oração, que nos conduz à tentação da tibieza, de sufocar a ação do Espírito. Se isto se perpetua, nosso cuidado ao próximo se torna uma atitude que não tem a força do Cristo que cuida, enfraquecendo em nós a imagem do Alter Christus dito por São Paulo.
Aproveitemos que toda a Igreja se prepara para a Páscoa e propiciemos não apenas momentos pessoais, mas reúnamos irmãos para juntos vivermos um tempo de encontro, um momento de oração em comunidade. Reúna sua família, reúna seus amigos, participe de grupo de pessoas que não tenha tanto contato. A oração nos proporciona novos horizontes; a oração nos conduz à plenitude do amor.
PE. JEFFERSON GONÇALVES DE ARAÚJO
@padrejefferson
ARTE: JOSÉ CARLOS BEZERRA