Saí de casa às 10h, mochila nas costas, sem saber exatamente o que ia fazer nem quem iria encontrar, que horas iria voltar, mas com a certeza que naquele domingo eu teria uma missão muito importante, inimaginável para mim alguns dias antes: seria “guardiã” dos símbolos da JMJ, que estariam em carreata pela minha diocese. Principalmente por ter acabado de participar da JMJ em Madri e ter visto de tão longe a Cruz e o ícone de Nossa Senhora, junto aos dois milhões de jovens em Cuatro Vientos. Não tenho palavras para descrever minha alegria imensa em assumir esta missão.
Ouvimos com atenção as orientações dos guardiões anteriores da Diocese de São Miguel Paulista. Há muito cuidado com o manuseio dos símbolos, por seu valor espiritual e mesmo material. Após as orientações, saímos em carreata pelas ruas de minha cidade, Itaquaquecetuba. Os lugares escolhidos por nossa diocese, tendo à frente do Setor Juventude o padre Reginaldo Martins, que vem atuando com muito entusiasmo – para as paradas da carreata, nas quais a Cruz e o ícone foram carregados pelo povo, foram extremamente significativos. Primeiramente, em Itaquaquecetuba, os símbolos foram levados ao aterro sanitário.
Ouvimos com atenção as orientações dos guardiões anteriores da Diocese de São Miguel Paulista. Há muito cuidado com o manuseio dos símbolos, por seu valor espiritual e mesmo material. Após as orientações, saímos em carreata pelas ruas de minha cidade, Itaquaquecetuba. Os lugares escolhidos por nossa diocese, tendo à frente do Setor Juventude o padre Reginaldo Martins, que vem atuando com muito entusiasmo – para as paradas da carreata, nas quais a Cruz e o ícone foram carregados pelo povo, foram extremamente significativos. Primeiramente, em Itaquaquecetuba, os símbolos foram levados ao aterro sanitário.
MARIA E A CRUZ ENTRE OS QUE SOFREM
Mas levar a Cruz dos jovens para o lixão? Como nos disse Dom Eric Jacquinet, “na Cruz, Cristo se identificou com aqueles que sofrem. Descubra os que sofrem em torno de ti. Jesus está presente neles. Vá servi-los! Receberás alegrias!”. Aquele lugar recebe todo nosso lixo, das cidades da região. Mas e os que vivem naquela região, como vivem? Muito mal amigos. Que nos diga o pároco local, padre Sidney Kenji, que vem passando grandes dificuldades e riscos em sua missão. Vivem cercados de pobreza: social, educacional, espiritual. Vivem em desamparo, abandonados pelo poder público, sofrendo problemas de saúde causados pelos detritos. Vivem ameaçados pelos “coronéis” locais. E nós, que mandamos pra lá o que não nos serve mais, não conhecíamos aquela realidade. Estar em contato com aquele povo e reconhecer sua devoção deu novo significado à nossa peregrinação do dia.
Prosseguimos com a carreata, rumo ao Complexo de Detenção Provisória de Suzano. Lá encontramos famílias que foram passar o domingo com seus pais, esposos, filhos, que buscam também novo significado em sua vida. Uma garotinha pediu para ser levantada e alcançar a Cruz por uma das guardiãs. E disse à sua mãe: “Eu consegui, peguei na Cruz, rezei por ele!”. Nesses momentos, sentíamos que ser guardião da Cruz era trazê-la cada vez mais perto do povo, pois para quem podia tocá-la, era o próprio Espírito Santo que as tocava. E a carreata seguiu, cantando e anunciando que a Cruz da Jornada Mundial da Juventude passava por ali.
No início da noite chegamos à Catedral Diocesana de Sant’Anna, em Mogi das Cruzes, onde uma grande festa nos esperava.
E ao final do dia, nós, guardiões da Cruz, fomos privilegiados com um momento único: pudemos ter um momento de oração (e fotos, claro!). Somente nós, na Catedral já vazia, afinal já passava da meia-noite, as festividades já tinham acabado, a cidade dormia. Pude abraçar e me despedir da Cruz, de Nossa Senhora, cansada pelas quase 15 horas de trabalho naquele dia, feliz por ter tido o privilégio de cuidar da Cruz, de levá-la ao povo fazendo-a seguir seu propósito, e na certeza que na continuação de sua peregrinação, trará muita alegria e esperança a todos nossos irmãos brasileiros que a acompanharão até nossa JMJ no Rio de Janeiro!
JAILTA CAVALCANTE
DO GRUPO JOVENS MISSIONÁRIOS EM CRISTO
Prosseguimos com a carreata, rumo ao Complexo de Detenção Provisória de Suzano. Lá encontramos famílias que foram passar o domingo com seus pais, esposos, filhos, que buscam também novo significado em sua vida. Uma garotinha pediu para ser levantada e alcançar a Cruz por uma das guardiãs. E disse à sua mãe: “Eu consegui, peguei na Cruz, rezei por ele!”. Nesses momentos, sentíamos que ser guardião da Cruz era trazê-la cada vez mais perto do povo, pois para quem podia tocá-la, era o próprio Espírito Santo que as tocava. E a carreata seguiu, cantando e anunciando que a Cruz da Jornada Mundial da Juventude passava por ali.
No início da noite chegamos à Catedral Diocesana de Sant’Anna, em Mogi das Cruzes, onde uma grande festa nos esperava.
E ao final do dia, nós, guardiões da Cruz, fomos privilegiados com um momento único: pudemos ter um momento de oração (e fotos, claro!). Somente nós, na Catedral já vazia, afinal já passava da meia-noite, as festividades já tinham acabado, a cidade dormia. Pude abraçar e me despedir da Cruz, de Nossa Senhora, cansada pelas quase 15 horas de trabalho naquele dia, feliz por ter tido o privilégio de cuidar da Cruz, de levá-la ao povo fazendo-a seguir seu propósito, e na certeza que na continuação de sua peregrinação, trará muita alegria e esperança a todos nossos irmãos brasileiros que a acompanharão até nossa JMJ no Rio de Janeiro!
JAILTA CAVALCANTE
DO GRUPO JOVENS MISSIONÁRIOS EM CRISTO