Cada vez mais cariocas estão se inscrevendo para abrir suas
casas aos peregrinos e voluntários da Jornada Mundial da Juventude. A
hospedagem, uma das formas de participar da JMJ Rio2013, já produz experiências
e aprendizado.
Um exemplo é o do projetista Jorge Luís Novais de Freitas,
de 43 anos, que recebeu quatro pessoas que vieram ao Rio para servir no
“Preparai o Caminho”, evento realizado no último fim de semana no
Maracanãzinho. A família de Jorge, sua esposa e dois filhos, viveu a primeira
experiência como “casa aberta” para a JMJ Rio2013, o que pode voltar a ocorrer
nos próximos eventos preparatórios. “Foi muito legal”, conta Jorge, que recebeu
o cantor Dunga, o baterista Rogério, um dos coordenadores da Jornada, Fábio, e
o apresentador do “Preparai o Caminho”, Adriano, todos da Comunidade Canção
Nova.
“Quero ensinar aos meus filhos como viver as coisas da
Igreja”, diz Jorge sobre sua decisão. Seus filhos têm 15 e 8 anos e estão se
preparando para a Crisma e a Primeira Comunhão, respectivamente. Jorge também
sempre esteve ligado à Igreja. “Já fui coordenador de grupo de jovens, quando
era mais novo, e recentemente participava da Comunidade São Vicente, em Macaé,
antes de vir morar no Rio”.
A analista de sistemas Maria Assunção, de 47 anos, hospedou
dois músicos do grupo “Amor e Adoração”, Emanuel e Marcos Toco, e o motorista
da banda, conhecido como Ratinho, e que vieram para o evento. “Foi uma
experiência muito feliz”, diz Maria. “Fiz até um novo amigo. O Ratinho ofereceu
a casa dele em Cruzeiro, para quando eu for visitar a Canção Nova, em Cachoeira Paulista ”.
Ela inscreveu sua casa para a JMJ logo que soube que o evento seria no Rio.
“Foi a primeira coisa que eu fiz”, relembra. Maria diz que está disponível para
receber gente de qualquer parte do Brasil, além de jovens que falem inglês e
japonês. “Estou com a casa e o coração abertos.”
A hospedagem de peregrinos e voluntários da JMJ Rio2013 será
em casas de família, paróquias, escolas públicas e particulares, ginásios
poliesportivos, centros comunitários e outros locais, que
sejam seguros e cobertos, para que o peregrino possa se
alojar para pernoite. A diretora do Setor de Hospedagem da Jornada, irmã Graça
Maria, trabalha com a meta de cadastrar 2 milhões de vagas. Hoje, cerca de 21
mil vagas estão inscritas, sendo a maior parte na Zona Oeste do Rio. Ela tem
como comparação o desempenho da hospedagem em Madri, onde ocorreu a última
JMJ. “Foram 546 mil vagas”, destaca irmã Graça. Para ela, é urgente que as
famílias apressem-se para inscrever suas casas. “Tem que parar de pensar e
agir logo”, convoca. “Tem muita gente que quer fazer, mas deixa para a última
hora. É agora.”
São muitas as vantagens de acolher um peregrino. O anfitrião
contribui com a Igreja, coloca em prática a hospitalidade cristã e proporciona
às famílias um momento de enriquecimento cultural e espiritual. Ao exercitar
uma das obras de misericórdia, “dar pousada ao peregrino”, a família sentirá a
alegria e a oportunidade de dar testemunho de generosidade e vivenciar sua fé e
o dinamismo dos jovens de outras cidades, países e até mesmo continentes.
Levando em consideração que os peregrinos já trazem na
bagagem saco de dormir ou colchonete, a “casa hospedeira” deverá oferecer um
espaço coberto e seguro para que ele possa pernoitar e fazer sua higiene
pessoal. O peregrino inscrito na JMJ terá alimentação completa (café da manhã,
almoço e jantar), oferecida pela própria organização da JMJ. Quando não for
feita essa opção no ato da inscrição, a alimentação será de responsabilidade do
próprio peregrino.
Quando acolher voluntários, a família deverá oferecer o café
da manhã e o jantar, enquanto o COL-Rio oferecerá o almoço. Porém, nos finais
de semana, a alimentação completa fica sob a responsabilidade da família
acolhedora.
COMUNICAÇÃO JMJ RIO2013
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