O que atrai milhões de jovens para a Jornada? O que faz com
que a alegria e a fé sejam as principais características deste encontro?
Muitos argumentos poderiam ser levantados, mas há um que fala a todos os corações:
os jovens vêm em busca e ao encontro de Cristo.
No dia 29 de junho, em que se recorda o testemunho e o
exemplo das “colunas da Igreja”, Pedro e Paulo, pode-se vislumbrar também o
testemunho da juventude que abraça a Igreja, que ama o papa e que dedica sua
vida a construir um mundo melhor. E nas Jornadas Mundiais da Juventude muitos
desses jovens descobrem também sua vocação na Igreja.
Uma pesquisa feita após a JMJ de Madri mostrou que, para 55%
dos jovens que participaram, o evento serviu para discernimento vocacional.
“EU ERA O PIOR JOVEM DO MEU GRUPO”
“Participo de todas as Jornadas desde 1993 e ela foi um
pilar em minha vocação”, afirmou padre Michael Therese, da Congregação de São
João, no Texas, nos Estados Unidos.
Ele diz que se lembra da primeira experiência em Jornada,
em Denver, no estado americano do Colorado. “Eu era um ‘pagão’, se poderia
dizer assim, muito distante da fé, o pior jovem do meu grupo. Até hoje a
responsável do Setor Juventude não acredita que eu tenha me tornado
sacerdote”, disse, entre risos, ao ser entrevistado pela equipe da JMJ
Rio2013.
“Acabei convertido um ano depois e, olhando para trás, vejo
que a experiência da universalidade da Igreja, dos milhares e milhares de
jovens unidos para dizer ‘eu amo Jesus Cristo’ me tocaram tanto que, nesse
período após a Jornada, decidi entregar minha vida a Deus”, destacou.
O sacerdote ressalta que uma das características marcantes
da Jornada é justamente a experiência da presença de Cristo. Em sua vida, tem
havido um constante renovar de esperança e, nas JMJs, vê de forma concreta o
movimento da nova evangelização.
“ESCUTAR A VOZ DO PAPA É UMA MANEIRA DE FORTALECER A FÉ”
Almudena Rios (foto), 22 anos, religiosa das Escravas de
Cristo Rei, é um exemplo disso. Ela decidiu passar à vida consagrada durante a
Jornada Mundial da Juventude celebrada em Colônia, na Alemanha, em agosto de
2005.
Na época, ela vivia na Diocese de Málaga, na Espanha, e
tinha 17 anos. “Questionava-me a respeito de muitas coisas. Rezava e não
sentia nada. Era católica, mas me perguntava: como posso saber que Deus me
fala, se não o sinto? A Jornada ofereceu então uma resposta para mim”,
recordou.
Almudena, cujo nome se deve à Virgem padroeira de Madrid, na
Espanha, disse que, naquela ocasião, encontrou-se com jovens da China e
Coréia do Norte, com quem falava em inglês sobre a vida cristã nestes países
comunistas, onde os fiéis são perseguidos. A religiosa relatou que esses jovens
lhe contaram que arriscavam sua vida para ir à missa. “Eu arriscaria minha
vida assim? As pessoas não arriscam sua vida por qualquer coisa”,
questionou-se.
As experiências na JMJ Colônia 2005 foram um marco em sua
vida. “Encheram-me de alegria. Quando voltei para a Espanha vi que eu estava
diferente, que tinha uma alegria diferente, mas ainda não entendia bem por
quê.”
Esta “é minha primeira JMJ como consagrada e vivida de maneira
diferente. Escutar a voz do papa é um modo de fortalecer a fé, o que me permite
saber por onde caminhar”, concluiu.
COMUNICAÇÃO JMJ RIO2013