Primeiro de tudo quero
agradecê-los em nome de Deus e em nome de nossa arquidiocese
por se disporem a vir nesta missão. Quando fazemos coisas para
a igreja, vamos passando e dando frutos...
Para a catequese
costumamos ver várias “historinhas”, mas que não
são apenas para as crianças, são histórias
que podem nos ajudar muito, como a história dos dois baldes,
um feito perfeito, forte, e o outro todo torto, furado. O dono dos
baldes enchia os dois todos os dias para levar e regar a horta, um
deles chegava cheio na horta e o outro chegava completamente vazio. O
balde perfeito então começou a zombar do outro dizendo
coisas como “você não serve para nada, nem para regar
uma horta”, “você é imprestável”, e o balde
amassado, furado, velho, calado não dizia nada. Um dia, porém,
o dono dos baldes, vendo o balde furado triste lhe disse: “Você
já observou o caminho que percorremos da horta até o
poço? Ele está cheio de flores que você vem
regando pelo caminho. O balde novo pode regar a horta, mas você
rega todas essas sementes pelo caminho, se não fosse você,
elas teriam sido pisadas e mortas.”
Essa historinha tem uma
raiz evangélica, fala das sementes do Reino lançadas no
mundo, e esse balde torto furado somos nós, que regamos as
sementes que Deus está lançando em terras tão
diferentes. Em solo pedregoso, a beira do caminho, em terra boa, etc.
Que tipo de terra eu
sou? Que tipo de pessoa eu sou? É bom que minha vida esteja
bem cuidada. Temos que ser constantes em viver aquilo que um dia Deus
começou em nós.
São Paulo viveu
uma experiência particular, ele respirava ódio contra
Jesus Cristo, matava e prendia as pessoas, e foi justamente ele
que Jesus foi procurar para ser Seu apóstolo. Paulo mesmo
dizia: “Aquele que começou a obra em mim, haverá de
terminá-la”. Cada um de nós somos obras do amor de
Deus. Deus começou a obra da criação e depois
começou a obra da Santificação. Ele nos quer
santos.
O que a Igreja espera
de vocês? Santidade... O que vocês devem esperar da
Igreja? Uma Igreja que os ajude na busca pela santidade!
Isso é o que
levou João Paulo II a tomar a iniciativa de começar a
Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que disseram que não daria
certo. Depois de alguns encontros com os jovens de Roma decidiu fazer
isso com todo o mundo, lhe diziam.. “Isso não vai dar certo”
“os jovens não querem mais saber da Igreja”, mas ele foi
um Papa que acreditou na juventude! Por isso hoje podemos ter esta
certeza, os jovens esperam da Igreja os meios para ser santos. Os
jovens querem ser santos!
Quando fomos pensar nos
intercessores para a JMJ Rio2013 quisemos pensar em santos jovens, e
descobrimos, por exemplo, o beato Isidoro Bakanja, da África,
que foi mártir pelo escapulário, depois tanto outros
jovens santos. É isso que a Igreja espera dos jovens, o desejo
de santidade e a perseverança no caminho de santificação.
São os santos que modificam o mundo, não os poderosos!
João Paulo II
veio para nos mostrar que a santidade é algo possível.
Muitas coisas mudam
após a JMJ. Na Espanha por exemplo, nas Igrejas que tiveram
adoração ao santíssimo durante a Jornada, após
o evento os jovens estão pedindo aos padres de manterem as
igrejas com adoração ao santíssimo, e as igrejas
estão se enchendo de jovens novamente.
A primeira conclusão,
do primeiro discurso de cristo, o sermão da montanha é
sede perfeitos como vosso Pai é perfeito, sede santos como
vosso Pai é Santo. Por onde passamos, fica a água, e a
semente germina.
Quando pensamos no
século XIII em quem pensamos? Em São Francisco! Mas e
os reis e rainhas daquela época? Por que não lembramos
deles? Os santos é quem são lembrados. Muitos lembram
de Napoleão, mas naquela época nasceu uma pessoa
simples, chamado ao exercito de Napoleão fugiu, pois não
queria matar ninguém. Ao ver muitas pessoas escondidas e
perseguidas por celebrarem a missa, decidiu se tornar padre para
ajudá-las. Hoje o conhecemos como Cura d’Ars, patrono dos
sacerdotes e patrono da confissão, que trabalhava muito para
reconciliar as pessoas com Deus, e é lembrado por todos.
Os sacerdotes se
santificam não somente pelos sacramentos santos, mas eles se
santificam quando procuram realizar bem todas as suas funções,
inclusive a pregação. Não podemos ter medo de
corrigir um padre caso ele fale ou faça algo de errado.
Podemos ajudar muito os padres e os bispos a serem exemplos de
santidade para nós. Jesus aprendeu de Maria e de José
muita coisa para o cumprimento de Sua missão. Essa troca de
experiências é bela.
Temos o direito de
esperar da Igreja exemplos de santidade, isso disse Bento XVI na JMJ
de Sidney.
Essa é a missão
da JMJ, provocar um Tsunami de santidade no mundo. Sejam constantes
na formação que a Igreja quer dar a vocês, no
trabalho e na busca da santidade, isso é o mais importante de
tudo. Mas lembrem-se, somos baldes furados, Deus conta conosco para
regar aquelas sementes pelo caminho para que se tornem lindas flores.
Sejamos constantes nas graças que já recebemos de Deus.
Querer ser santos! Essa
é a aventura mais emocionante que podemos ter em nossas vidas.