sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Contagem regressiva para 450 anos do Rio



Uma missa marcou os 450 dias para as comemorações dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro, na Igreja São Sebastião, na Tijuca. A celebração foi presidida pelo arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, contou com a presença do prefeito Eduardo Paes, a coordenação do Comitê Rio450 e a comunidade católica da paróquia dos franciscanos capuchinhos.
Em sua homilia, Dom Orani falou sobre como os católicos podem participar deste tempo de preparação para o aniversário da cidade. “Em toda a diversidade que existe nesta cidade, nós somos chamados a contribuir, além de conservar essa memória, para que os habitantes percebam na alma, à luz da fé, como o Senhor conduziu a história do Rio de Janeiro”, afirmou.
O arcebispo também destacou o diálogo como uma das formas que a Igreja deseja contribuir na construção deste caminho.“É importante dialogar com outras religiões, com a cultura local, com quem não tem religião. É o momento de darmos as mãos e trabalharmos para o bem dessa cidade.”
Um dos leitores da missa, Eduardo Paes, demonstrou alegria por contar com um momento especial com a Igreja Católica, para ele, uma das instituições que marcaram a história da cidade. “A gente tem que trabalhar muito, nos dedicar muito para que o Rio vá pra frente, mas um pouco de oração sempre ajuda”, brincou o prefeito.
Para o presidente do Comitê Rio450, Marcelo Calero, toda a formação da cidade desde os seus primórdios está ligada à própria história da Igreja no Brasil. Então é impossível dissociar uma coisa da outra. “Essa ideia de termos esta missa é justamente fazermos com que possamos resgatar esse protagonismo da Igreja Católica, que sempre foi muito presente. Então não imaginávamos ter esse marco dos 450 dias para os 450 anos sem que a Igreja estivesse presente de modo marcante”, completou Calero.
Uma igreja cheia de história
A Igreja de São Sebastião é especial por reunir parte da história da cidade, com a preservação de objetos históricos e artísticos importantes. Os mais conhecidos datam dos primórdios do município: o marco de pedra da fundação da cidade com o escudo português esculpido, a imagem original de São Sebastião da igreja antiga e a lápide tumular de Estácio de Sá, fundador da cidade. “Nós não somos donos destas relíquias; somos somente guardiões (...). Quando um povo perde a sua história, ele também perde a sua identidade”, destacou o pároco frei Paulo Roberto Gomes.
Fabíola Goulart
fabiolagoulart@testemunhodefe.com.br

Fotos: Gustavo de Oliveira