segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CF-2012 pretende ampliar cuidado aos enfermos



"Enfermos são verdadeiras catedrais do encontro com o Senhor Jesus" (DA nº 417).


"Enviamos vocês para o trabalho!", afirmou o arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, durante o anúncio arquidiocesano da Campanha da Fraternidade (CF) 2012. A missa de abertura do encontro foi celebrada na manhã do dia 28 de janeiro, na Catedral Metropolitana, no Centro. Com o tema "Fraternidade e Saúde Pública" e o lema "Que a saúde se difunda sobre a terra" (Eclo 38,8), a CF-2012 pretende motivar os fiéis a buscarem melhorias e soluções para os graves problemas enfrentados no setor.
A missa foi concelebrada pelo bispo auxiliar e animador do Vicariato Episcopal Urbano, Dom Pedro Cunha Cruz, e pelos sacerdotes presentes. Na homilia, que celebrou a memória de São Tomás de Aquino, o arcebispo lembrou que ser cristão é viver a santidade em qualquer circunstância. Ele refletiu sobre a leitura de II Samuel 12,1-16, onde o rei Davi, com a ajuda do profeta Natã, reconheceu o seu erro ao se colocar no lugar de outra pessoa.
"Com o conhecimento que nos é dado, sabemos que há injustiça no mundo, porque ela existe no coração do homem, com muitas situações de ganância e de erros. O fato de buscarmos a Cristo, que como Senhor nos conduz mesmo nas dificuldades da história e nas tempestades da vida, deve nos ajudar a viver uma vida de conversão diária. Precisamos estar presentes na sociedade, que necessita de transformações sociais", disse o arcebispo.
Após a missa, o coordenador arquidiocesano da Pastoral da Saúde, diácono Sérgio Catão, ministrou uma palestra sobre o tema, onde convocou os jovens para participarem da Pastoral da Saúde.
"A juventude é um presente e tem um papel fundamental na Igreja. A Pastoral da Saúde vê no dinamismo da juventude uma grande possibilidade de ações voluntárias e solidárias junto aos que sofrem. No próximo ano, jovens do mundo inteiro virão ao Rio trazendo essa experiência voluntária. Nossos jovens devem se engajar para atuar juntos na missão da Igreja de Jesus Cristo", disse o diácono.
Em sua palestra, o vigário episcopal para a Caridade Social, cônego Manuel Manangão, lembrou que a saúde foi o tema da CF em 1981. "Ao ler os textos das músicas da época, eu lembrei que já se passaram 31 anos e a realidade da saúde continua tanto ou mais precária. Utilizaremos os mesmos cânticos neste ano, para que possamos recordar que é preciso lutar hoje para que a situação melhore de fato", disse o cônego.

A IMPORTÂNCIA DE OUVIR


"Ainda existem muitas paróquias sem Pastoral da Saúde. Esperamos que a CF-2012 consiga ampliar esse trabalho para o atendimento integral do ser humano e também em ações de prevenção. Assim como diz o Documento de Aparecida, "a Pastoral da Saúde é a resposta às grandes interrogações da vida" (DA, nº 418). Ainda existem poucos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão (Mesc’s) visitando os hospitais. Além disso, precisamos identificar os profissionais de saúde que participam nas paróquias para que auxiliem nesse trabalho", disse o diácono Catão.
O diácono lembrou a importância de preparar bem os agentes da Pastoral da Saúde para que eles não repitam "chavões" como "tudo bem?", no momento das visitas aos enfermos. "Empatia é a palavra chave. O agente não precisa estar preocupado com o que falar, mas com a escuta atenta e solidária", disse.
Segundo ele, a imagem de divulgação da CF 2012, que está na capa do livreto "Campanha da Fraternidade em Família", revela a figura do bom samaritano. "Notamos a fraterna acolhida, o toque nas mãos e no ombro, o contato olho no olho e a dedicação do profissional de saúde, que é importante no processo de cura e que revela o amor de Deus. A Cruz, no fundo da imagem, significa a salvação dada por Cristo", avaliou o diácono Sérgio Catão.


O livreto arquidiocesano da CF 2012 pode ser adquirido nas paróquias e vicariatos.


CLÁUDIA BRITO

FOTO: CLÁUDIA BRITO