“Colaborador da verdade”
Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, nasceu em Marktl am Inn, Diocese de Passau, na Alemanha, em dia 16 de abril de 1927 (Sábado Santo), e foi batizado no mesmo dia. Passou a sua infância e adolescência em Traunstein, uma pequena localidade perto da fronteira com a Áustria, a 30 km de Salisburgo. Foi neste ambiente, por ele próprio definido “mozarteano”, que recebeu a sua formação cristã, humana e cultural.
O período da sua juventude não foi fácil. A fé e a educação da sua família prepararam-no para enfrentar a dura experiência daqueles tempos, em que o regime nazista mantinha um clima de grande hostilidade contra a Igreja Católica. O jovem Joseph viu os nazistas açoitarem um Pároco antes da celebração da Santa Missa.
Precisamente nesta complexa situação, descobriu a beleza e a verdade da fé em Cristo. Fundamental para ele foi a conduta da sua família, que sempre deu um claro testemunho de bondade e esperança, radicada numa conscienciosa pertença à Igreja.
Recebeu a Ordenação Sacerdotal em 29 de junho de 1951. Em 25 de março de 1977, o Papa Paulo VI nomeou-o Arcebispo de München e Freising. A 28 de maio seguinte, recebeu a sagração episcopal. Escolheu como lema episcopal: “Colaborador da verdade”; assim o explicou ele mesmo: ‘Parecia-me, por um lado, encontrar nele a ligação entre a tarefa anterior de professor e a minha nova missão; o que estava em jogo e continua a estar – embora com modalidades diferentes –, é seguir a verdade, estar ao seu serviço’ (...). Paulo VI criou-o Cardeal, do título presbiteral de ‘Santa Maria da Consolação no Tiburtino’, no Consistório de 27 de junho desse mesmo ano.
Em 1978, participou no Conclave, celebrado de 25 a 26 de agosto, que elegeu João Paulo I; No mês de outubro desse mesmo ano, participou também no Conclave que elegeu João Paulo II, que o nomeou Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Comissão Teológica Internacional, em 25 de novembro de 1981.
Foi presidente da comissão encarregada da preparação do Catecismo da Igreja Católica, a qual, após seis anos de trabalho (1986-1992), apresentou ao Santo Padre o novo Catecismo.
Na Cúria Romana, foi membro do Conselho da Secretaria de Estado para as Relações com os Estados; das Congregações para as Igrejas Orientais, para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, para os Bispos, para a Evangelização dos Povos, para a Educação Católica, para o Clero, e para as Causas dos Santos; dos Conselhos Pontifícios para a Promoção da Unidade dos Cristãos e para a Cultura; do Tribunal Supremo da Signatura Apostólica; e das Comissões Pontifícias para a América Latina, “Ecclesia Dei”, para a Interpretação Autêntica do Código de Direito Canônico, e para a revisão do Código de Direito Canônico Oriental.
Em 1985, publicou o livro-entrevista ‘Relatório sobre a Fé’ e, em 1996, ‘O Sal da Terra’. Foi eleito Papa em 19 de abril de 2005, sucedendo João Paulo II.
Como Papa publicou o livro “Jesus de Nazaré”, em 2007, e as Encíclicas “Deus caritas est”, em 2005, “Spe salvi”, em 2007, e “Caritas in veritate”, em 2009.
Fonte: Vaticano