Fórum Urbano Mundial
Aproximadamente 50% da população mundial vivem em cidades, número em constante crescimento que é uma realidade sem retorno. Essa constatação e todas as consequências advindas desse quadro foram abordadas durante 5º Fórum Urbano Mundial, que aconteceu no Rio entre os dias 22 e 26 de março.
O evento, organizado pela ONU-Habitat, teve como tema "O direito à cidade: unindo o urbano dividido", discutido em seis principais linhas: “Levando adiante o direito à cidade; Unindo o urbano dividido; Acesso igualitário à moradia; Diversidade cultural nas cidades; Governança e participação; e Urbanização sustentável e inclusiva”.
Segundo os organizadores, o maior evento internacional de urbanismo levou quase 20 mil pessoas de 160 países ao encontro. Estiveram reunidos líderes mundiais de todas as esferas públicas, entre ele o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro do Haiti, (país devastado por um terremoto em janeiro deste ano), Jean-Max Bellerive, e representantes de entidades civis e privadas.
Foram analisadas questões como o acesso à moradia, a democracia nas cidades, a urbanização e a transformação da paisagem urbana, as mudanças climáticas, os assentamentos humanos, o déficit habitacional, a recuperação de áreas urbanas e o futuro das metrópoles.
Cáritas Arquidiocesana participa do Fórum
O diretor-executivo da Cáritas Arquidiocesana, Cândido da Ponte Neto, foi um dos palestrantes em um dos debates do fórum: “Refugiados, deslocamento e emergências nas cidades”.
Segundo Cândido, o Rio de Janeiro abriga 2.280 refugiados, provenientes de 40 nacionalidades diferentes (quase 80% deles são de Angola). Ele lembrou as dificuldades enfrentadas por aqueles que buscam asilo em outro país, especialmente na ocupação dos espaços urbanos e na integração com o modo de vida local.
