segunda-feira, 16 de setembro de 2013

2014: Ano da Caridade


Na manhã do dia 10 de setem­bro, o arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, junto com o governo diocesano e lideranças sociais da Arquidiocese do Rio, se reuniram no Centro de Estudos, no Sumaré, para o primeiro encontro de planejamento do Ano Arquidiocesano da Caridade que será vivido em 2014. O encontro teve como objetivo discutir ideias e apre­sentar sugestões que servirão de dire­cionamento para o trabalho social da arquidiocese a partir do próximo ano.
Após refletir sobre o trabalho so­cial já desenvolvido pela Igreja e se interar sobre as mudanças na Política Nacional de Assistência Social (Pnas), os presentes se dividiram em grupos e partilharam propostas para definir o que precisa ser reestruturado nas ações assistencialistas realizadas nas paróquias e comunidades.
Durante o evento, foi informado que a arquidiocese foi reeleita no Con­selho Municipal de Assistência Social pela sociedade civil para o triênio 2013-2015. Também foi apresentado o s ite d a r ede s ocial: www.social­-paroquias.org.br. Na página virtual, é possível conferir o banco de dados com informações sobre a rede de ações sociais da arquidiocese. Atualmente, são oferecidos pelas paróquias cerca de 1.700 serviços.

PROTAGONISTAS DO FUTURO
Adaptar-se à nova realidade para con­tinuar desenvolvendo a missão de defesa e promoção da vida humana é o objetivo da Igreja. Em suas palavras, Dom Orani destacou a necessidade de atitudes con­cretas, como consequência do Evangelho, para preparar o Ano da Caridade.
“Nós temos o 11º Plano Pastoral de Conjunto (PPC) que a cada ano con­templa um aspecto geral, e um desses aspectos é a preocupação com a vida, com a questão social, por isso se estabeleceu que 2014 será o Ano da Caridade Social. O desafio é encontrar novos caminhos para que, alicerçados nos documentos da Igreja e na Palavra de Deus, possamos realizar os trabalhos sociais”, afirmou o arcebispo do Rio.
Com as alterações na Pnas, modifica­-se a maneira com que a Igreja presta assistência aos mais pobres e necessita­dos. “Devemos levar em consideração as realidades atuais. As pastorais devem dar um passo a mais, para que as pessoas se tornem protagonistas do próprio futuro e haja uma verdadeira promoção humana”, ressaltou o vigário episcopal para a Cari­dade Social, cônego Manuel Manangão.

UM NOVO DIRECIONAMENTO
Motivada pela Pnas, a arquidiocese já havia designado assistentes sociais para assessorar as ações sociais e for­mar novas lideranças comunitárias nas paróquias, a fim de que elas con­tinuem a realizar esse trabalho sob um novo direcionamento.
No Vicariato Oeste, as assistentes sociais Maristela de Miranda e Nora­nei de Souza acompanham 62 paró­quias. Para Maristela, a participação dos paroquianos nos cursos de capa­citação é um dos pontos positivos. De acordo com Noranei, que capacitou até o momento cerca de 70 lideranças em 31 paróquias, a solidariedade e a vontade de mudança definem o oti­mismo do povo.
“Nós damos um assessoramento e levamos um novo direcionamento, em consonância com a Pnas, para as ações sociais que as paróquias de­senvolvem. No curso de capacitação, damos uma direção para as lideranças que trabalham com esse segmento. Há paróquias que não tinham nenhum serviço e agora, com esse suporte, já desenvolvem esse serviço social”, destacou Noranei.
Em 14 de dezembro acontecerá o Fórum Social, na Igreja de Sant’Ana, no centro do R io. Será o segundo encontro dessas lideranças e nele serão aprovadas as metas para o Ano Arquidiocesano da Caridade.

BRUNO TORTORELLA
FOTO: GUSTAVO DE OLIVEIRA