No próximo domingo, dia 19 de maio, será a Solenidade de
Pentecostes. Nela a Igreja celebra a vinda do Espírito Santo sobre os
discípulos, reunidos em Jerusalém, 50 dias após a Páscoa. Estavam presentes os
apóstolos e a mãe de Jesus.
Precedendo a celebração de Pentecostes, no Brasil é realizada a
Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que este ano acontece de 12 a 18 de maio, na qual são
realizados encontros ao longo da semana no Seminário Arquidiocesano de São
José, no Rio Comprido, e na Comunidade Bom Pastor, em Copacabana. O
encerramento será na Igreja Nossa Senhora de Copacabana, às 20h, com a vigília
de Pentecostes, que será presidida pelo arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta,
e contará com a participação de diversas igrejas cristãs.
Após Pentecostes, os apóstolos saem anunciando Jesus Cristo como
filho de Deus feito homem, que fora assassinado pelo poder constituído,
ressuscitara, estava vivo e não podia mais morrer. O texto bíblico diz que a
pregação era tão convincente que cada um, mesmo estrangeiro, os entedia em sua
própria língua. É a linguagem unificadora do amor autêntico, aquele que vem de
Deus.
Com o Pentecostes, nasce propriamente a Igreja fundada por Cristo.
Hoje, após dois mil anos, contudo, os cristãos experimentam desunião, organizados
em várias igrejas e seitas. A realidade provoca preocupação a todos os cristãos
sérios, independentes de organização. Porém, há um consolo entre nós.
Atualmente, os esforços em busca da unidade perdida são cada vez maiores e o
diálogo entre os grupos abertos à compreensão é um fato.
A força do Espírito também garante aos cristãos que as
adversidades provocadas pela iniquidade não serão capazes de ameaçar a Igreja e
muito menos a pessoa de Cristo, Filho de Deus, vencedor da morte. Ele já havia
dito ao chefe dos apóstolos: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a
minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Um dos
títulos do Espírito Santo é iluminador das mentes, luz dos corações. Seja ele,
portanto, neste Pentecostes, a claridade que necessitamos, a luz para todos, a
fim que unidos propaguemos o bem e seja o mal vencido para sempre.
Há três modos para expressar a adesão ao movimento ecumênico,
visando à unidade dos cristãos:
- O Ecumenismo orante: Saber que a divisão dos cristãos procede do
nosso pecado, a unidade só, mediante a graça de Deus;
- O Ecumenismo prático: a vivência do mandamento do amor nos abre
à caridade prática, pois diante da necessidade dos irmãos a caridade nos une.
- O Ecumenismo teórico que fica a cargo dos teólogos e das
comissões legitimadas pelas suas igrejas, a fim de que num diálogo envolvendo
peritos possam encurtar as divergências doutrinais.
DOM NELSON FRANCELINO FERREIRA
BISPO AUXILIAR DO
RIO DE JANEIRO
FOTO: GUSTAVO DE OLIVEIRA
FOTO: GUSTAVO DE OLIVEIRA