quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Como se dá um processo de canonização


ABERTURA DO PROCESSO
Só pode ser iniciado pelo menos cinco anos depois da
morte do (da) candidato (a) a santo (a). Deve ser uma manifestação
espontânea e popular, organizada na paróquia
local. O bispo da diocese onde morreu o (a) candidato (a) é
o responsável pela ação junto ao Vaticano. Ele faz o levantamento
da biografia do (da) candidato (a), que é enviada ao
Vaticano, e esse autorizará ou não a abertura do processo.

‘SERVO (A) DE DEUS’
Após analisado o processo, a Congregação para a Causa
dos Santos emite um documento autorizando o início do
processo a nível diocesano. A partir disso, o (a) candidato (a)
recebe o título de ‘Servo (a) de Deus’. É dado início oficial ao
processo de canonização.

TRIBUNAL
Na diocese, é constituída uma comissão histórica que irá
investigar os fatos relacionados à vida do (da) candidato (a)
a santo (a). Um tribunal eclesiástico é instaurado na diocese
para coordenar a pesquisa e colher os testemunhos. O corpo
do (da) candidato (a) é exumado para comprovar sua existência
e os restos mortais são expostos ao público, selados
em uma urna por um representante do Vaticano e depois
ficam expostos à visitação pública.

VENERÁVEL
Terminado o processo diocesano, a documentação é
encaminhada a Roma para análise de teólogos e historiadores.
Quando Roma reconhece na biografia do (da)
candidato (a) uma trajetória iluminada, virtudes heroicas
e fama de santidade em vida, na morte e depois da morte,
o ‘Servo (a) de Deus’ passa a ser chamado de ‘Venerável’.

BEATO (A)
Para se tornar beato(a), é preciso a comprovação do
primeiro milagre atribuído a ele(a). Milagre, para a Igreja
Católica, é um acontecimento benéfico e extraordinário que
não pode ser explicado pelas leis da ciência. Para comprovar
um milagre, são consultados todos os envolvidos no caso:
peritos, médicos legais, consultores teólogos e bispos. Depois
que o Vaticano aceita o primeiro milagre, o candidato (a) é
beatificado (a).

SANTO (A)
Recebido o título de beato (a), é preciso a comprovação
de um segundo milagre ocorrido após a beatificação. O caso
é encaminhado para o Vaticano que, em pelo menos quatro
anos, irá investigar. Comprovado o segundo milagre, o (a)
candidato(a) passa a ser santo(a). A cerimônia de canonização
é realizada pelo Papa e pode ser na cidade de origem do
santo ou no Vaticano.

CANONIZAÇÃO
Canonização é a sentença definitiva pela qual o Papa
insere no Cânon ou “Catálogo dos Santos” alguém já proclamado
(a) bem-aventurado (a). Por meio dela, o Sumo
Pontífice declara estar algum ‘Servo (a) de Deus’ na glória
celeste e, assim, autoriza que lhe seja prestada veneração
pública em toda a Igreja.

DA REDAÇÃO