segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Missão popular: “Vem Oeste!”


No dia 24 de novembro, uma missa em ação de graças na Praça do Canhão, em Realengo, marcou mais uma etapa da missão popular no Vicariato Oeste.
“A nossa missão é um sucesso! Tem trazido muitas pessoas afastadas para a vida em comunidade. Podemos constatar nas celebrações que a igreja fica cheia”, contou a missionária Rose Maria da Silva Pereira, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Realengo.   Assim como ela, porque “evangelizar é dever de todo cristão”, a missão popular reuniu mais de cinco mil missionários das 62 paróquias da região.
“Ao andar pelo território do vicariato, em diversas horas do dia, fico feliz por encontrar missionários de casa em casa. É a Igreja de Jesus, a Igreja que o Santo Padre quer. Uma Igreja missionária, comprometida com a evangelização, disposta a ir ao encontro de todos”, comentou o vigário episcopal, monsenhor Luiz Artur Marques de Barros Falcão.



Preparação
A proposta da missão popular foi apresentada e aceita na última Assembleia Regional dos Círculos Bíblicos, no dia 7 de setembro de 2011. Na ocasião, o arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, ficou animado com a iniciativa, sugerindo que seja estendida por toda a arquidiocese.
Para o êxito da missão, houve toda uma preparação em âmbito vicarial e paroquial, até o envio dos missionários pelos seus párocos, em 1º de julho de 2012, na solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo.
Os subsídios, elaborados para facilitar a formação dos missionários, com orientações e fundamentação, são apresentados com uma imagem singular de “ovelhas em torno da Cruz, no alto de um monte”.
“O texto-base que preparamos, juntamente com o livrinho da fé e os demais subsídios, foram importantes tanto no processo de preparação quanto no momento das visitas”, explicou monsenhor Luiz Artur.

Objetivos
A motivação da missão popular, explicou monsenhor Luiz Artur, foi uma forma de viver concretamente o Ano da Fé proclamado pelo Papa Bento XVI, que coincide com a celebração de dois momentos importantes na vida da Igreja: os 50 anos do início do Concilio Vaticano II e os 20 anos da promulgação do Catecismo da Igreja Católica.
“O Ano da Fé, com todas as suas consequências, é uma temática forte, que envolve e direciona toda missão, o que chamamos de uma grande chuva de bênçãos”, explicou.
A missão foi ainda motivada pela preparação da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 e pelo novo Plano de Pastoral de Conjunto (PPC) da arquidiocese, que pede “ uma Igreja em permanente estado de missão”.
“A missão popular é importante e fundamental para a ação evangelizadora da Igreja porque vai ao encontro das pessoas afastadas, de quem esfriou na fé. É uma oportunidade onde as pessoas se despertam, aproveitam para conhecer melhor a fé e a participar da comunidade. O resgate de pessoas atinge a família e, principalmente, os jovens, que descobrem o que a Igreja tem para oferecer”, explicou o missionário Alexander Pereira.

Missão Permanente
Na caminhada do Vicariato Oeste, contou monsenhor Luiz Artur, já houve diversas edições de missão popular. Todas elas foram realizadas em função de grandes acontecimentos na vida da Igreja. 
A missão em curso, que agora assume um caráter permanente, está em acordo com o próprio Plano de Pastoral da arquidiocese.
“Precisamos viver e cumprir a missão, revelar o rosto de uma Igreja viva, de anunciar Jesus a todos os corações”, concluiu.

De casa em casa
A visita de casa em casa acontece em dois momentos. Na primeira vez, são visitadas todas as casas no território paroquial, independente do credo religioso das famílias.
“A abordagem que os missionários fazem nas ruas, de casa em casa, extrapola a compreensão humana, porque é fruto do Espírito Santo que capacita cada um. Quando eles voltam, estão empolgados, trazem palavras de entusiasmo, de compromisso, uma experiência que toca o coração”.
O primeiro anúncio, o querigma, é sobre a pessoa e a missão de Jesus Cristo como redentor do homem.
“Em geral, as pessoas nos acolhem em suas casas e aceitam o anúncio da Palavra de Deus, e tem casos em que elas voltam à Igreja Católica”, contou Zulmira Pires Montenegro, que coordena a missão popular na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Realengo.
Na segunda visita, com consentimento da família, é realizada a celebração e entronização do crucifixo na casa.
“Fiquei emocionada quando a Cruz foi entronizada na minha casa. Lembrei da minha mãe, que era missionária, e que me deixou a fé como única herança”, contou Kátia Regina Barbosa Lopes, de Realengo.

TEXTO: CARLOS MOIOLI
FOTOS: CARLOS MOIOLI